Brasileira fica presa em Machu Pichu por 35h após manifestações no Peru: 'deu ruim’

Brasileira fica presa em uma das 7 maravilhas do mundo após manifestações no Peru Arquivo pessoal O que era para ser uma viagem internacional para celebrar s...

Brasileira fica presa em Machu Pichu por 35h após manifestações no Peru: 'deu ruim’
Brasileira fica presa em Machu Pichu por 35h após manifestações no Peru: 'deu ruim’ (Foto: Reprodução)

Brasileira fica presa em uma das 7 maravilhas do mundo após manifestações no Peru Arquivo pessoal O que era para ser uma viagem internacional para celebrar seus 50 anos, se tornou um passeio sem hora para ir embora para a pedagoga brasileira Verena Sacchetti Raimundo. Ela e seus filhos, Yude Sacchetti Raymundo Lancelloti, de 17 e Anissa Sacchetti Raymundo Lancelloti, de 14 anos, ficaram presos por cerca de 35h em Machu Picchu, no Peru, após o serviço ferroviário que vai até o lugar ter sido suspenso temporariamente por conta de manifestações. Uma das operadoras de trem, PeruRail, disse que o serviço foi suspenso na segunda-feira (15) porque a rota para o ponto turístico está obstruída "com pedras de vários tamanhos". Moradora de São Vicente, Verena Sacchetti Raimundo contou ao g1 que desembarcou no Peru no domingo (14). Ela foi visitar o ponto turístico com os filhos na manhã de segunda-feira (15) e retornaria para Cusco, localizado a 100 km de distância, às 14h30. Porém, ela percebeu que havia algo errado quando viu a estação de trem fechada e tomada pela polícia. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. “Eu falei: ‘alguma coisa aconteceu, deu ruim’. Deixei as crianças no hotel e aí eu voltei para frente da estação para ver o que estava acontecendo, se tinha notícia ou não. O primeiro impacto sempre é muito ruim, você fala: e agora?” Brasileira fica presa em uma das 7 maravilhas do mundo após manifestações no Peru Arquivo pessoal A pedagoga contou ter reservado mais um dia de hotel para que ela e seus filhos não ficassem desabrigados e foi acompanhando atualizações. Somente na noite de terça-feira (16), por volta das 20h15, que a família conseguiu embarcar em um trem para ir embora. Verena afirmou que a região estava vazia e tranquila, pois muitos foram embora a pé por uma antiga trilha inca e tem duração de aproximadamente duas horas. Ela afirmou que cogitou fazer o trajeto, mas resolveu esperar pelo transporte. Durante o trajeto de trem, o modal chegou a fazer uma parada de aproximadamente 5 minutos após entrar na área de manifestação. "Bateram nas portas. Nossa sorte foi a polícia dentro de cada vagão. Eles desceram e o trem seguiu em segurança", afirmou. Verena, de 50 anos, e seus filhos, Yude, de 17, e Anissa, de 14, durante viagem a Machu Picchu. Arquivo pessoal Planos frustrados A pedagoga planejava passar o resto do dia de seu aniversário, dia 15 de setembro, em Ollantaytambo, uma cidade no Vale Sagrado dos Incas. Eles iriam dormir em um hotel cápsula incrustado em uma montanha, porém, com o imprevisto, perdeu sua reserva. Ela contou que teve sua expectativa frustrada e, se soubesse das manifestações antes, teria cogitado não viajar para o local. Preparada para perrengues Apesar da preocupação em ir embora da região, Verena afirmou que ela e os filhos entendem que ao viajarem estão sujeitos a imprevistos. Ela contou que eles já enfrentaram outros perrengues, como quando ficaram presos em uma ilha na Itália após a erupção de um vulcão. “[É preciso] manter a serenidade, a paciência, buscar estratégias, entender o que está acontecendo e qual a melhor forma de você agir. O desespero não vai te levar a nada. O xingar, bater, quebrar não vai te levar a nada. [Tem que] conversar e buscar a solução”. Verena e os filhos pretendem 'turistar' por Lima, também no Peru, onde pegarão um voo para São Paulo. O retorno da família ao Brasil está marcado para essa sexta-feira (19). Entenda sobre os protestos O protesto na área, que começou na semana passada, ocorreu após o fim da concessão da empresa de ônibus Consettur, que leva os turistas à entrada das ruínas de Machu Picchu a partir de Aguas Calientes. No lugar dela, o distrito vizinho de Urubamba, em Cusco, contratou outra empresa de ônibus para transportar turistas. A nova empresa, contudo, não chegou a operar devido à oposição de Aguas Calientes, o que provocou um protesto dos motoristas de ônibus. A empresa Ferrocarril Transandino, de propriedade da PeruRail, disse em um comunicado que "terceiros" realizaram escavações na rota do trem "afetando a estabilidade da via", o que interrompeu a retirada dos turistas. Em meio aos protestos, a organização internacional New7Wonders disse, no fim de semana, em um comunicado, que enviou uma carta ao Estado peruano alertando que, se o conflito na área aumentar, a credibilidade de Machu Picchu como uma das novas maravilhas do mundo poderá ser afetada. A organização escolheu Machu Picchu, uma cidadela de pedra construída pelos incas antes do século 15, como uma das sete novas maravilhas do mundo em 2007. VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos