Familiares marcam manifestação em Manaus e pedem justiça pela morte de Benício Xavier

Caso Benício: médica reconhece erro ao prescrever adrenalina que matou criança em Manaus Familiares de Benício Xavier de Freitas agendaram uma manifestaçã...

Familiares marcam manifestação em Manaus e pedem justiça pela morte de Benício Xavier
Familiares marcam manifestação em Manaus e pedem justiça pela morte de Benício Xavier (Foto: Reprodução)

Caso Benício: médica reconhece erro ao prescrever adrenalina que matou criança em Manaus Familiares de Benício Xavier de Freitas agendaram uma manifestação para esta segunda-feira (1º), às 10h, em frente ao Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM-AM), na Avenida Senador Raimundo Parente, bairro Flores, em Manaus. O ato pede justiça pela criança, que morreu após receber uma medicação na veia, e a responsabilização dos envolvidos no caso. O caso é investigado pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e pela Polícia Civil. A profissional reconheceu que errou ao prescrever adrenalina na veia de Benício. A informação consta no relatório do hospital enviado à Polícia Civil, ao qual a Rede Amazônica teve acesso com exclusividade. De acordo com os pais, Benício morreu após receber uma dosagem incorreta do medicamento no atendimento realizado entre sábado (23) e a madrugada de domingo (24). A denúncia foi registrada na terça-feira (25). “A família do Benício merece respostas, verdade e justiça. O luto virou luta.”, diz o comunicado. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp Justiça nega prisão de médica A médica Juliana Brasil Santos, investigada pela morte do menino Benício, de 6 anos, após a aplicação de medicação em um hospital de Manaus, responderá as investigações em liberdade. A decisão da Justiça foi tomada por meio da concessão de um habeas corpus preventivo. Segundo o delegado Marcelo Martins, o caso é investigado como homicídio doloso qualificado. A defesa da médica nega a acusação. Segundo os advogados, ela teria prestado atendimento imediato, solicitando um antídoto para reverter o quadro. Médicos ouvidos no inquérito, no entanto, afirmaram que não há medicação capaz de neutralizar uma overdose de adrenalina. Nesses caso, só é possível oferecer suporte clínico. Já técnica de enfermagem Raiza Bentes, que atendeu Benício, disse em depoimento que apenas seguiu a prescrição médica ao aplicar a dose de adrenalina. A criança morreu após receber a medicação. Raiza disse que aplicou a medicação de forma intravenosa e sem diluição, como constava na prescrição. A profissional também afirmou que avisou a mãe de Benício sobre o procedimento e mostrou a prescrição da médica Juliana Brasil Santos para ela. A Polícia Civil já ouviu a médica e enfermeira responsáveis pelo atendimento. O caso Segundo o pai, Bruno Freitas, o menino foi levado ao hospital com tosse seca e suspeita de laringite. Ele contou que a médica prescreveu lavagem nasal, soro, xarope e três doses de adrenalina intravenosa, 3 ml a cada 30 minutos. A família disse ao g1 que chegou a questionar a técnica de enfermagem ao ver a prescrição. De acordo com Bruno, logo após a primeira aplicação, Benício apresentou piora súbita. “Meu filho nunca tinha tomado adrenalina pela veia, só por nebulização. Nós perguntamos, e a técnica disse que também nunca tinha aplicado por via intravenosa. Falou que estava na prescrição e que ela ia fazer”, relatou o pai. Após a reação, a equipe levou a criança para a sala vermelha, onde o quadro se agravou. A oxigenação caiu para cerca de 75%, e uma segunda médica foi acionada para iniciar o monitoramento cardíaco. Pouco depois, foi solicitado um leito de UTI, e Benício foi transferido no início da noite de sábado. Na UTI, segundo o pai, o quadro piorou. A equipe informou que seria necessária a intubação, realizada por volta das 23h. Durante o procedimento, o menino sofreu as primeiras paradas cardíacas. O pai relatou que o sangramento ocorreu porque a criança vomitou durante a intubação. Após as primeiras paradas, o estado de Benício continuou instável, com oscilações rápidas na oxigenação. Minutos depois, Benício apresentou nova piora e não respondeu às manobras de reanimação. Ele morreu às 2h55 do domingo. LEIA TAMBÉM: Caso Benício: veja a cronologia do atendimento que levou à morte de criança após aplicação de adrenalina Caso Benício: técnica de enfermagem diz que apenas seguiu prescrição médica durante atendimento Caso Benício: médica reconhece erro ao prescrever adrenalina que matou criança em Manaus, aponta documento