Quem é o policial do Garras preso pela PF com R$130 mil em esquema de contrabando

Augusto Torres foi preso com R$ 160 mil, em Três Lagoas (MS). Redes Sociais e PF/Reprodução O policial civil Augusto Torres Galvão Florindo foi preso em fla...

Quem é o policial do Garras preso pela PF com R$130 mil em esquema de contrabando
Quem é o policial do Garras preso pela PF com R$130 mil em esquema de contrabando (Foto: Reprodução)

Augusto Torres foi preso com R$ 160 mil, em Três Lagoas (MS). Redes Sociais e PF/Reprodução O policial civil Augusto Torres Galvão Florindo foi preso em flagrante na sexta-feira (28), em Três Lagoas (MS), com R$ 130 mil que, segundo a Polícia Federal (PF), seriam parte de um esquema de cobrança e entrega de propina ligado ao contrabando de cigarros eletrônicos (vapes). Conforme o Diário Oficial do Estado, ele foi nomeado investigador da Polícia Civil em agosto de 2014. Atuou no Grupo de Operações e Investigações (GOI) e, em novembro de 2023, foi transferido para a Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp De acordo com o portal da transparência, Augusto recebe R$ 12.267,29 brutos e R$ 8.557,39 líquidos como agente de polícia judiciária. Nesta terça-feira (2), ele foi afastado do cargo. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado. Ainda conforme a publicação, a arma, a carteira funcional e outros itens institucionais foram recolhidos. O policial também teve senhas e acessos aos sistemas bloqueados, além de ter as férias suspensas. O afastamento segue enquanto durar a prisão. A PF afirma que ele confessou que o dinheiro era pagamento pela venda de vapes contrabandeados que haviam sido apreendidos e desviados por ele e outros policiais. A investigação sobre possível participação de outros agentes continua, mas nenhum nome foi confirmado. Denúncia anônima iniciou o caso Receita quer ampliar combate ao comércio de vapes A investigação começou após uma denúncia anônima que relatava o saque de uma grande quantia destinada a um agente de segurança. Segundo a PF, uma mulher fez o saque e entregaria o dinheiro ao ex-guarda municipal Marcelo Raimundo da Silva, que também é investigado. O casal já era conhecido por envolvimento com contrabando. Marcelo disse aos policiais que repassou R$ 100 mil a Augusto a pedido de um contrabandista de São Paulo. Contou ainda que completaria o valor com R$ 30 mil que guardava em casa para outra carga vinda do Paraguai. O total teria sido depositado na conta de uma empresa de carros usados em nome da esposa de Marcelo. Depois do saque, ele separou os R$ 30 mil restantes e seguiu para o encontro no estacionamento de um supermercado na avenida dos Cafezais, em Três Lagoas. A PF monitorava a ação e prendeu os dois no momento da entrega da sacola com o dinheiro. Augusto e Marcelo foram autuados por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Após audiência de custódia, a Justiça Federal converteu a prisão em flagrante em preventiva. O g1 procurou as defesas dos investigados, mas não obteve retorno até a última atualização. LEIA TAMBÉM: PF descobre esquema de contrabando de vape ao prender policial do Garras com R$ 130 mil em MS Contrabando de vape: policial preso com R$ 130 mil é afastado do Garras Contrabando de vape: Polícia Civil investiga esquema de propina ligado a policial do Garras O que diz a Polícia Civil Em nota, a Polícia Civil informou que a investigação envolve apenas o policial e não tem relação com a atuação dele no Garras. A instituição também afirmou ter aberto procedimento administrativo disciplinar. Leia a nota na íntegra: "A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul informa que acompanha os desdobramentos da prisão de um policial civil, ocorrida na última sexta-feira (28), em ação da Polícia Federal. Assim que tomou conhecimento do fato, a instituição solicitou formalmente o procedimento investigatório à autoridade responsável e determinou a imediata abertura de procedimento administrativo disciplinar, para a adoção de todas as providências devidas, no âmbito da Polícia Civil. Cabe ressaltar que o caso diz respeito exclusivamente ao policial investigado, sem qualquer relação com a atuação do GARRAS (Delegacia Especializada de Repressão à Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros). A apuração administrativa será conduzida pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil, com independência, isenção e prioridade. A Polícia Civil reforça que não compactua com desvios de conduta de seus servidores e tomará todas as medidas cabíveis, de forma transparente e imparcial". Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: